domingo, 1 de junho de 2014

Vencendo o preconceito.

                                        
Transexual também tem o direito de trabalhar e casar!   
 Ariadna Seixas, 28, ainda vestia roupas masculinas quando soube que passou no concurso de emprego do Sesc Consolação. Foram dois anos entre a aprovação e o início do batente, tempo suficiente para tomar hormônios e mudar seu rosto em busca da aparência que considerava ideal.
   O coração apertou em 2012, quando começaria, enfim, a trabalhar. "Eu tinha feito o processo de um jeito e de repente estava de outro", diz.
Tirou maquiagem, prendeu os cabelos pretos e pôs roupas largas. No Sesc, assinou a papelada do novo cargo: funcionária do vestiário masculino.
  Foram duas horas de choro dentro do ônibus que a levou do centro até sua casa, na zona norte. "Não dormi. No dia seguinte, liguei dizendo que era transexual. Que não queria uma vaga masculina. Que não conseguiria entrar naquele vestiário." Ouviu: "Vou verificar".
  O telefone tocou em dois dias. "Sua vaga foi realocada. Agora seu trabalho será como orientadora de público, com crachá e uniforme femininos."
   Em seu primeiro emprego "depois da transição", ela interage com centenas de visitantes todos os dias. "Sei que é uma sorte encontrar trabalho assim e não precisar me esconder."
 Além de trabalho, Ariadna encontrou um marido, com quem vive há dois anos. "Ele sempre foi heterossexual. Claro, ué. Eu sou mulher."

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